Em 14 de agosto o MEC publicou a Portaria nº 788 que corta 9,2 bilhões da educação básica pública. Segundo o governo o motivo é adequação das contas devido à crise econômica mundial.
Com isso, o custo-aluno nacional anual nas séries iniciais do Ensino Fundamental foi reduzido em 9,53%, caindo de R$ 1.350,09 para R$ 1.221,34.
O preocupante é que ao mesmo tempo em que avançam projetos de lei no Congresso Nacional, o Executivo, portanto, o governo Lula, faz a opção por cortar bilhões do orçamento da educação.
A verdade sobre isto é que os governos, mais uma vez, tiram verbas da educação pública para engordar banqueiros através do pagamento dos juros da dívida, que consome 43% do PIB brasileiro; ou para doar a grandes empresas, que na crise continuam tendo lucros fabulosos; e, uma parte menor desviada pela corrupção reinante em Brasília e aqui no Piratini.
Exigir o cumprimento dos avanços na legislação educacional, fruto de longos anos de luta dos educadores, e lutar contra os cortes é tarefa do nosso CPERS e também da CNTE.
Na verdade este corte é um escândalo. Mas, o mais escandaloso é o argumento: crise econômica. No Brasil a crise só chegou para os de baixo. Com desemprego, redução de salários e retirada de direitos. Os bancos seguem com lucros fantásticos como recentemente o Bradesco e Itaú. O Brasil deve entrar na OPEP, ao dobrar suas reservas de petróleo, mas as passagens de ônibus e o preço da gasolina são caros para a maioria da população ir trabalhar e estudar.Se compararmos, por exemplo, com a Venezuela - outro grande produtor de petróleo - lá com algumas moedas se enche o tanque do carro e as passagens são baratíssimas.
ResponderExcluirÉ triste ver que a décima economia do mundo convive com 14 milhões de analfabetos e cortes de verba para a educação.
Parabéns Neiva pelo Blog.