11/05/2009

Pronunciamento da Secretária



Por: Vera Serpa

Funcionária de Escola de Santa Maria
Conselho Geral do CPERS


Em entrevista coletiva, a Secretária Mariza Abreu demonstrou ter recebido carta branca da governadora Yeda Crusius, reforçando assim, o compromisso de dar continuidade aos projetos de reestruturação nos Planos de Carreira dos Trabalhadores em Educação. Em certo momento de seu pronunciamento a Secretária diz que: “o papel do poder público é liderar os setores da sociedade para que eles se manifestem a quem tem o poder de decisão em uma democracia”. E ainda conclui dizendo: “é isso que a governadora Yeda Crusius e eu estamos dispostas a fazer".

Queremos que toda a sociedade de fato seja ouvida, através de seus Órgãos Representativos, não apenas empresários, que nunca tiveram seus filhos estudando em uma escola pública. O debate com a sociedade deveria sim, ter sido aberto e democrático, através dos Conselhos Escolares, Associação de Pais e Mestres, Grêmios Estudantis, Sindicato, Conselho Estadual de Educação e Governo. No entanto, a alteração do plano de carreira dos trabalhadores em educação já foi negociada pelo governo gaúcho com o Banco Mundial para obter o empréstimo de US$ 1,1 bilhão. O discurso mais uma vez não condiz com a prática.

Mariza Abreu declara também que “os educadores e funcionários que desempenham tarefas administrativas contemplados na alteração de nível receberão acréscimos nos vencimentos já na folha salarial de janeiro”. Ao denominar “educadores” para professores e “funcionários que desempenham tarefas administrativas” para os funcionários de escola a secretária deixa claro seu preconceito contra os funcionários, esses trabalhadores em educação não foram “contemplados” com a alteração de nível, como afirma a secretária, pois segundo o dicionário “contemplado” quer dizer: “receber por sorteio ou consideração”.

A alteração de nível e os acréscimos nos vencimentos dos trabalhadores em educação é uma conquista, esta que só é possível devido aos Planos de Carreiras hoje existentes, e que o governo Yeda Crusius e Mariza Abreu quer modificar. Pois, para esse governo os funcionários de escola não precisam ter curso superior.
Conquistar um diploma de curso superior demanda no mínimo muito esforço e dedicação e qualifica muito o trabalho de qualquer profissional, é inadmissível que o Governo do Estado do RS não valorize seus servidores.

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