06/04/2012

Estão acabando com o magistério

Por Aurélio Munhoz

A mais nobre das profissões no rol das gloriosas ocupações que integram o universo da Educação está a um passo de entrar em colapso. O magistério nunca esteve tão desmotivado e nem nunca foi tão vilipendiado como tem sido na 6ª maior economia do planeta.

Não que o drama da classe seja novidade. Professor é desrespeitado desde sempre. Mas esqueçamos as barbaridades cometidas contra o magistério no passado para nos concentrar em apenas um dos problemas centrais da categoria no Brasil de hoje: os baixos salários dos professores.

Leia texto na íntegra em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/estao-acabando-com-o-magisterio/

04/04/2012

Vamos colocar o Tarso no CQC

ATENÇÃO EDUCADORES

Vamos pedir ao CQC que denuncie nosso maravilhoso governador que não cumpre a lei do piso...

Envie para eles esta mensagem: http://cqc.band.com.br/protesteja.asp?enviosucesso=true

Tarso Genro governador do RS, assinou a lei do Piso do Magisterio,(lei 11.738 de 2008).
Aconteceu que este tal de Tarso se elegeu no primeiro turno dentre outras coisas com a promessa de pagar o Piso lei que conforme disse "leva sua assinatura".

Agora eleito, não paga, nem se propõe a dialogar com os professores gaúchos, e chama outros políticos de "irresponsáveis" por terem aprovados a lei. No tempo da governadora Yeda, dizia que a governadora não pagava por "falta de vontade politica"....
O tal de Tarso pelo visto faz jus ao dito popular: "pimenta nos olhos dos outros é remédio"

Solicitaria a este programa magnifico que tem ajudado o Brasil a ser mais democratico que denunciasse esta aberração do estado democrático que nos faz cumprir cada centímetro da lei, mas não cumpre a lei que ele mesmo criou.

Enviem tambem algo semelhante neste endereço:
http://cqc.band.com.br/protesteja.asp?enviosucesso=true

Enviem tambem algo semelhante neste endereço:

e/ou para o seguinte e-mail:

cqc@band.com.br

Sugestão do professor Sadi Fontoura Porto

03/04/2012

Deixar de pagar a dívida com a União para pagar o Piso da Educação

Por Neiva Lazzarotto-Vice Presidente Estadual do PSOL-RS

Uma medida de emergência:
Deixar de pagar a dívida com a União para pagar o Piso da Educação


Pobre do estado cujo governo se nega a pagar o Piso de R$ 1.451,00 para os seus professores e funcionários de escola!O quarto estado em importância econômica do país, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Mas, o último em pagamento do piso salarial do magistério do país: R$ 791,00 (FSP, 05/03/12).

E o que dizer do país que sendo a sexta economia do planeta destina R$ 708 bilhões do orçamento federal para pagamento de juros e amortizações da dívida ( 45% do orçamento federal)? Mesmo o tendo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – órgão do governo) provado que para cada R$ 1,00 investido em educação o retorno para o PIB é de R$ 1,85; já cada R$ 1,00 gasto com juros sobre a dívida gerará apenas R$ 0,71(Centavos)!

Mas, voltemos ao nosso Rio Grande, onde 90% dos educadores paralisaram na última semana reivindicando que o Governo Tarso cumpra a Lei e rechaçando a sua proposta de piso de R$ 1.260,00 para novembro de 2014.

É desonestidade política dizer que o governo não pode conseguir R$ 2 bilhões anuais a mais para integralizar o Piso de R$ 1.451,00! Assim como é surpreendente a omissão dos líderes políticos do nosso estado, seja da Assembleia Legislativa, da Bancada Federal de Deputados ou dos Senadores. Revolta-me, particularmente como professora colorada, ver o empenho do Governador Tarso, do Prefeito Fortunati e até da Presidente Dilma para que a Andrade Gutierrez honre seus compromissos com as obras do Beira Rio para a Copa de 2014, com subsídios do BNDES, Banrisul. Mas, não vemos desses políticos a mesma obstinação para garantir o cumprimento da lei do Piso da Educação. Antes, articulam movimentos para mudar a lei e rebaixar o indexador anual do custo-aluno/FUNDEB(22,22%) para o INPC(6% , a inflação tão somente!).

É! Velhas máximas continuam válidas: “Educação não é a prioridade!” e “Falta Vontade política!” Exatamente, é por opção política do Governo Tarso, como foi de seus antecessores, que o estado desembolsa exatos R$ 2 bilhões anuais para pagamento da dívida com a União. Dívida que era de R$ 11 bilhões em 1998 e, depois de pagos R$ 10 bilhões de juros entre 1998 e 2010, atingiu nesse ano os R$ 40 bilhões. Essa matemática é a dos agiotas, e não pode ser do Estado Brasileiro!

Ela é um mecanismo altamente lesivo com os estados, pois 13% da receita líquida da Fazenda Estadual vai direto para Brasília. E, de lá, direto para as contas de cinco mil famílias detentoras dos títulos da dívida da União. Essa é a verdadeira prioridade do Governo Dilma/aliados e do Governo Tarso!

Como falar de pacto federativo e de projeto de desenvolvimento econômico e social “harmônico, civilizado” se a prioridade é a dívida e não a educação, a pesquisa, a ciência e a tecnologia?

Por que os líderes políticos do Rio Grande não se insurgem contra essa situação e se levantam decretando uma moratória da dívida para pagar o piso, como medida de emergência? (Porque depois é preciso realizar uma auditoria dessa dívida, pois acredito que já somos credores da União e não mais devedores).

É preciso uma solução urgente para o pagamento do Piso Salarial dos Professores e extendê-lo aos Funcionários de Escola, sob pena de a retomada da qualidade da escola pública gaúcha não passar de retórica do Secretário de Educação. E um bom começo, neste dia 20 de março, pode ser aprovar o reajuste de 23% todo em 2012, além de garantir que haverá negociação do calendário para integralizar o Piso.

01/04/2012

No "dia da mentira", Cpers faz campanha em Porto Alegre

Do Correio do Povoo

Cpers fez campanha no Parque da Redenção



Crédito: Tarsila Pereira


O Cpers/Sindicato escolheu o 1° de abril, conhecido como o "dia da mentira", para fazer uma provocação ao governo do Estado. Professores integrantes do 39° núcleo do sindicato foram neste domingo ao Parque da Redenção, em Porto Alegre, para divulgar a campanha em defesa do pagamento do piso nacional do magistério.

Segundo a diretora do 39° núcleo do sindicato, Marly Cambraia, o governador Tarso Genro deu um 1º de abril na categoria e nos eleitores: "Muita gente acreditou que ele valorizaria a educação. Muita coisa está sendo feita, mas não chega nem perto das promessas que ele fez", ressaltou.

Na próxima quarta-feira, o conselho do Cpers/Sindicato se reúne para tratar do calendário de mobilização em defesa do cumprimento da lei que instituiu o piso. De acordo com a vice-presidente do sindicato, Neiva Lazzarotto, a categoria está muito indignada com o governo Tarso. "Nós vamos na quarta marcar uma assembleia geral para abril ainda", relatou.

Em 20 de março, a Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei encaminhado pelo governo gaúcho que concede aos trabalhadores da educação um aumento de 23,5%. De acordo com o projeto, o piso dos professores deverá chegar a R$ 1.260 até 2014. Valor abaixo do que os R$ 1.451 previstos atualmente em lei.

A lei federal determina que o reajuste salarial dos professores seja cálculo pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que considera o custo mínimo por aluno, mas o governo do Rio Grande do Sul projeta valores com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

29/03/2012

É preciso continuar a dizer não

Por Luiz Araújo

O grande poeta José Saramago disse certa vez que “é preciso continuar a dizer não, mesmo que se trate de uma voz pregando no deserto”. Ao ler as matérias da imprensa sobre a proposta ministerial de aplicar uma prova para todas as crianças com oito anos de idade me recordei do conselho deste importante conselho.

A imprensa nacional ouviu alguns segmentos da educação sobre a proposta do MEC de submeter sete milhões de crianças de oito anos a um exame nacional (Provinha Brasil). Pelo que noticiou a imprensa o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou que o exame será reformulado para que se tenha um panorama da alfabetização no país.

Leia o texto na íntegra em:

http://rluizaraujo.blogspot.com.br/2012/03/e-preciso-continuar-dizer-nao.html

Estudantes saem às ruas em apoio à luta dos educadores!

Cerca de 500 estudantes de diversas escolas de Porto Alegre e Gravataí realizaram, na manhã desta quarta-feira (28), um ato público de apoio aos professores e funcionários de escola em sua luta pelo pagamento do Piso Salarial Nacional.

A concentração aconteceu em frente à Secretaria da Educação. Com faixas, cartazes e bandeiras do movimento estudantil, os estudantes partiram, em caminhada, rumo à Praça da Matriz, onde se localiza o Palácio Piratini, gritando palavras de ordem.

Na Praça da Matriz, diversas falas de entidades e grêmios estudantis tinham o mesmo conteúdo: a exigência de que o governador Tarso cumpra a lei e pague o Piso aos educadores e contra a Reforma do Ensino Médio.

Esta atividade foi organizada pela ANEL e pelos movimentos Contestação e JUNTOS, conjuntamente com alguns grêmios estudantis.

O movimento estudantil secundarista do Rio Grande do Sul tem demonstrado sua disposição de luta e compromisso com a defesa da educação pública, isto já ocorreu , no ano passado, quando saiu às ruas para apoiar a greve dos educadores.

A luta pelo Piso não pode ficar restrita às iniciativas do CPERS/Sindicato. Cada vez mais a comunidade escolar deve estar envolvida neste processo e, neste sentido, os estudantes são fundamentais para que esta conquista seja garantida. Pois, se depender da vontade dos governantes, isto não acontecerá.

O 38º Núcleo do CPERS/Sindicato, com sede em Porto Alegre, e o 22º Núcleo, sediado em Gravataí, apoiaram a mobilização dos estudantes realizadas na manhã desta quarta-feira, na capital gaúcha.

Fonte: CPERS/Sindicato
Fotos: Maira Farias Ávila e Pedro Silveira

Reportagem do Jornal Nacional sobre o piso do magistério no RS

12/12/2011

II Seminário Internacional da Fundação Lauro Campos - SP e a Greve do CPERS/Sindicato - RS


Por Vera Serpa - Conselho Geral do CPERS/Sindicato

Aconteceu nos dias 30 de novembro, 1º e 2 de dezembro de 2011 o II Seminário Internacional da Fundação Lauro Campos na cidade de São Paulo, com a participação de mais de vinte países. Neste Seminário foi apresentada uma síntese da crise econômica e financeira no mundo, os relatos dos participantes tiveram pontos em comum, como por exemplo: a luta dos trabalhadores contra o imperialismo e contra as medidas neoliberais dos governos, a organização dos pequenos partidos de esquerda e a resistências dos sindicatos aos ataques antidemocráticos. A estabilidade no mundo está ameaçada, os países estão atravessando forte crise econômica e também política, por isso ajustes fiscais com altas taxas de juros.
Em fim, tive o privilegio de participar deste seminário. Sou representante de base da minha categoria, CPERS/Sindicato - RS que esteve por duas semanas em uma difícil greve, na qual, a adesão foi muito pequena devido a vários fatores, visto que: temos muitos professores e funcionários contratados que não fazem greve, os funcionários de escolas que sempre estiveram à frente dos movimentos, desta vez, não aderiram, pois a centralidade da greve no Piso Salarial não contempla essa parcela significativa da categoria. E isso a direção majoritária do CPERS/Sindicato não entendeu, é preciso repensar as táticas e estratégias para lidar com essa realidade, quem sabe: ouvir mais a base. Porém, temos que ter claro a conjuntura política que vivenciamos dentro de nosso próprio sindicato, existe sim uma forte base governista entre nós, a qual está em crise, pois tenta servir a dois senhores e isso se sabe que não é possível.
O CPERS/Sindicato representa uma categoria de mais de 80 mil sócios, mas estamos fragilizados perante um governo que se intitula dos trabalhadores, talvez um dia tenha sido. Hoje, ataca os direitos e implanta reformas neoliberais do Banco Mundial. Neste sentido, precisamos de um sindicado forte, combativo e organizado na defesa dos direitos dos trabalhadores e na defesa da educação pública. Para isso, podemos usar como exemplo a marcha de 540 km dos 2 mil indígenas que derrotou Evo Morales na Bolívia, anulando a construção da estrada que passaria pelo parque nacional, território indígena Tipnis. Mesmo com forte repressão do governo a marcha continuou até a vitória, os indígenas tiveram massivo apoio popular, o qual foi fundamental para o êxito do movimento.
No entanto podemos avaliar como positivo a atuação dos estudantes em nossa greve, se organizaram e juntaram-se aos trabalhadores em educação para protestar contra a reestruturação do Ensino Médio que o governo do estado quer implantar já em 2012, sem discutir claramente as mudanças com a sociedade. O projeto de reestruturação do Ensino Médio vem ao encontro da lei do mercado, para mão de obra nos diversos setores empresarias, diminui a carga horária das disciplinas básicas: como português e matemática no 3º ano, excluindo assim, a possibilidade deste aluno disputar uma vaga na Universidade.
Com certeza as ilusões sobre um governo democrático e popular estão sendo desfeita, à medida que, os ataques aos direitos dos trabalhadores em educação estão sendo constantes, desde a Reforma da Previdência e a alteração da lei das RPVs ( Requisições de Pequeno Valor). Pacote este que foi enviado para Assembléia Legislativa no dia das eleições na entidade. As promessas do candidato Tarso Genro durante a campanha eleitoral até agora são falácias.
Diante desse quadro a greve foi necessária, talvez tardia demais, mas serviu para desmascarar o governo. A máscara caiu! O governo mostrou a que veio! Não podemos continuar nos iludindo, pois esse governo está nos colocando em segundo plano. Precisamos reagir, assim como o povo boliviano.