Contrariando a opinião dos gaúchos, revelada em várias pesquisas, inclusive pelo Julgamento Popular, a governadora Yeda foi descaradamente salva pelos aliados na Assembéia Legislativa.
Descaradamente, porque havia indícios de sobra para a instalação do processo de impeachment da governadora. Era ridícula a cena ontem na Assembleia: nenhum parlamentar da base governista ousou usar da palavra para defendê-la; só estavam ali para votar pela absolvição da chefe da "organização criminosa" , como denunciou o MPF.
Era indefensável. Só mesmo fazendo valer "o voto de maioria". Uma maioria comprometida até a medula na ação movida pelo Ministério Público Federal - vale lembrar que estão no proceso que tramita em Santa Maria : Záchia (PMDB) , José Otávio Germano(PP), Frederico Antunes(PP), João Luiz Vargas (PDT), entre outros. Valeu o que Yeda afirmou em determinada ocasião ; não caio sozinha.
Todos trataram de salvar sua pele, o financiamento de suas campanhas eleitorais, enquanto o dinheiro público e o povo, como dizia Justo Veríssimo - personagem de Chico Anísio " o Povo é um detalhe".
É assim que pensam os 30 parlamentares que no dia de ontem votaram pelo arquivamento do processo de impeachment da governadora Yeda.
A quadrilha atuou organizada. Mas, não pensem estes senhores que tudo vai ficar por isto mesmo.
Vamos seguir denunciando todos eles e lutando para que vença a verdade da qual a maioria dos gaúchos já estão convencidos. Como fiz hoje em escolas que visitei em Porto Alegre, onde os colegas estavam muito indignados com os resultados da votação no dia de ontem.
Nossa luta é incansável para evitar que o governo consiga enviar para a assembleia qualquer projeto que ataque nossos planos de carreira, como está acontecendo lá em Novo Hamburgo, como temos denunciado neste espaço.
Neiva Lazzarotto
Vice-presidente do CPERS - Sindicato e do PSOL/RS
Iotti ZH 22/10/2009
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