por Pedro Ruas
O PSOL chama a população de Porto Alegre a se somar na mobilização pela instalação da CPI da Saúde, através de abaixo-assinado. Apenas o clamor popular pode garantir que o escândalo do desvio de R$ 9,6 milhões da Secretaria Municipal da Saúde, cujo secretário Eliseu Santos foi assassinado, não termine em pizza.
Eliseu prestava depoimento à Polícia Federal sobre a contratação do Instituto Sollus para gerir o PSF – Programa Saúde da Família, onde ocorreu os desvios, e declarou que vinha sofrendo ameaças, atribuídas à empresa de segurança Reação, que foi responsável pela vigilância dos postos de saúde da Capital.
Pesquisa espontânea realizada pelo instituto Datafolha revelou que a saúde é a maior preocupação dos gaúchos. A prefeitura de José Fogaça foi marcada pelo fechamento de postos, péssimas condições de trabalho para os servidores da área e cortes de recursos. Fogaça em sua campanha prometeu a abertura de 200 postos de Saúde da Família em Porto Alegre. Não cumpriu nem a metade dessa meta ao deixar o cargo para concorrer ao Piratini.
Nesta semana, o MPF – Ministério Público Federal pediu a quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-prefeito Fogaça para as investigações da Polícia Federal. Conforme o líder da oposição na Câmara Municipal, Pedro Ruas, é a primeira vez que a capital gaúcha tem um chefe do Executivo submetido a essa medida. “A quebra de sigilo reafirma a necessidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde nesta Casa”, afirmou o vereador. “A CPI até pode ser ineficaz, como já ocorreu, principalmente, na esfera federal. Mas, a Câmara deve exercer seu papel e instalar essa comissão.”
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