06/12/2010

Plenária Gaúcha da INTERSINDICAL



Reforma da Previdência em Debate


A Plenária Nacional da Intersindical realizada novembro, em São Paulo, que em defesa dos direitos dos trabalhadores e da aposentadoria, aprovou algumas resoluções. Dentre essas, que as regionais da Intersindical, nos estados, realizem atividades para discutir os possíveis ataques que o governo Dilma fará as conquistas do trabalhadores brasileiros.

Aqui a Plenária Gaúcha da INTERSINDICAL foi realizada no Sindisprev em Porto Alegre, dia 3 de dezembro, afim de articular o fórum local em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra a Reforma da Previdência.

Essa atividade foi coordenada por Berna Menezes-Assufrgs e Zé Campos-Sindisprev. O Painel ficou a cargo do Prof. Luis Carlos Lucas-Ex-Pres. do Andes, na época da reforma da previdência do govverno Lula. O tema específico foi Reforma da Previdência.

Nossas preocupações estão diretamente ligadas as movimentações e declarações do futuro governo Dilma.

A então candidata Dilma já avisou, durante a campanha, que outra reforma da previdência será feita, aumentando ainda mais o tempo de trabalho para a aposentadoria. Além disso, no dia 3 de dezembro, um dos conselheiros nomeados por Dilma para pensar a previdência e o serviço público é Jorge Gerdau Johannpeter, um dos principais propagandistas de cortes de direitos sociais, o que demonstra que o governo implementará uma lógica empresarial para o serviço público, o que é nefasto.


Isso implicará corte de gastos, exatamente onde deve haver investimentos, como saúde, educação, ameaçando a qualidade destes serviços através do ataque aos seus servidores.

Como afirmou Bernardete Menezes (Berna), na abertura da atividade, “na verdade o que onera o Estado é a dívida pública, não auditada, contraída sem controle público. A dívida é geradora de gastos que alcançam quase a metade dos recursos recolhidos pelo estado. Isso não é atacado pelo governo, pois mexeria com interesses dos grandes empresários financiadores das campanhas eleitorais milionárias, entre eles Gerdau.


No Painel, Professor Luiz Carlos Lucas, falou sobre como estas reformas atendem aos interesses do capital e não dos trabalhadores.

“O modelo previdenciário que o governo Lula tem tentado seguir é o norte-americano, que é formado por uma previdência pública residual, com um sem números de fundos privados. Isso favorece ao capital privado que tem aí um forte nicho de negócios. Este modelo também interessa à burocracia sindical que em um momento administra os sindicatos e em outro, vira banqueira, administrando os fundos dos trabalhadores, realizando aplicações no mercado financeiro[...]” lucrando milhares de reais às custas dos direitos dos trabalhadores.


A reforma de 2003, não foi completa, do ponto de vista do capital, pois além de não ter atacado o regime geral, também não alterou taxativamente o sistema público para o controle do setor privado. Por isso, estamos esperando mais ataques durante o governo Dilma, que está baseado em um arco de alianças que vai desde a base política do governo formada com partidos da direita tradicional, passando por setores cutistas que ganham milhares de reais com fundos de pensões dos trabalhadores, chegando até o empresariado, que nos moldes do Banco Mundial, ganharão muito dinheiro, novamente às custas dos trabalhadores.

Os desafios para os movimentos sociais serão imensos. Assim como na França e em outros países da Europa, em que os trabalhadores estão promovendo greves gerais contra as reformas que atacam os direitos, os trabalhadores brasileiros também terão que se organizar para resistirem a estes ataques.


Nossa última reunião de 2010 deliberou:


17/01 14h no Sindisprev – Reunião da Intersindical para discutir as medidas do governo e a reação do movimento.


Tarefa: organizar reuniões nos sindicato sobre a reforma da previdência, para unificar com outras entidades, a ampliação da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores.E a participação da Intersincal na Plenária Nacional do Fórum de mobilização, dia 27 de janeiro em Brasília.

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