23/09/2009

Concepções de homem e os novos paradigmas na educação

Por: Vera Regina da Silva Serpa (Conselheira do CPERS- Santa Maria)

É dever do Estado a condução das políticas públicas voltadas ao social e a garantia de plena execução; nesse sentido, destacamos: o papel estratégico da educação no projeto de desenvolvimento sustentável para o país. Por fim, devemos reiterar a necessidade de abrirmos, nas esferas federal, estadual e municipal, um amplo debate sobre o Sistema Nacional de Educação, que está em discussão na CONAE- Conferência Nacional de Educação. Embora tenham surgido diversas teorias com o intuito de qualificar a educação, sabemos que o ensino público em nosso país é deficiente e mantém um caráter elitista, longe da realidade da maioria do cidadão brasileiro. Os filhos dos trabalhadores raramente conseguem chegar a uma universidade, pois precisam trabalhar muito cedo para ajudar no sustento de sua família.
O papel fundamental da escola é gerar condições para transformar o homem, através da educação, e ela mesma está sujeita a influências político-ideológica ou partidárias que detêm o poder. Pode a educação constituir-se em um instrumento de transformação ao delinear um perfil de homem a ser construído, tendo uma concepção pré-estabelecida sobre qual modelo de homem deve ser construído e para que tipo de sociedade ele seja criado. Segundo Delors (1998, p.89) “À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permite navegar através dele”.
Questiona-se como pode a escola gerar condições para transformar o homem, visando à plenitude do ser, implantar modelos que sejam capazes de fazer o homem usufruir de seu lívre-arbítrio para a realização plena de si e para a construção de um mundo com menos desigualdades.

Nenhum comentário:

Postar um comentário