27/09/2009
O QUE É ISSO, “COMPANHEIRO”?
O magistério de Novo Hamburgo é um dos mais qualificados em termos de formação no país. A qualidade da educação medida através de exames nacionais é uma prova disso. Se compararmos o IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação do país, do estado e de Novo Hamburgo, veremos que isso fica evidente.
Em 2007, nos anos iniciais do Ensino Fundamental a média nacional foi de 4,2; no RS 4,5 e em Novo Hamburgo 4,8. Nos anos finais do Ensino Fundamental, no país 3,8; no estado 3,7 e em Novo Hamburgo 3,8. Isto deveria orgulhar as autoridades locais e servir de estímulo para seguir investindo e não para retroceder. O que vemos é que tudo isso está em perigo.
O recém eleito prefeito de Novo Hamburgo, Tarcísio Zimmermann, do PT, está se saindo pior que a encomenda! Está sendo mais ágil do que Yeda na aplicação da cartilha do desmonte da educação. Com nove meses de mandato, encaminhou ao Legislativo projetos de lei que extinguem os atuais planos de carreira dos professores e servidores públicos sob o mesmo argumento que usam Yeda, Serra, Aécio ( todos do PSBD) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ) para justificar os cortes: excesso de gasto com funcionalismo. Argumento, outrora, tão combatido pelo seu partido. Acabar com uma conquista dos professores, da educação pública municipal e da comunidade local em nome do ajuste fiscal.
O que é isso, “companheiro Tarcísio”? Perguntam-se inúmeros professores e servidores de Novo Hamburgo. Ao invés de investir mais, o prefeito optou, por cortar despesas sacrificando os salários dos professores. E tenta justificar para a população de que precisa de dinheiro para “tapar buracos”. No estado as políticas do reajuste zero, de tentativa de acabar com a carreira, de escolas de lata, etc. já levaram a educação do Rio Grande a decair em qualidade.
Por que o prefeito não opta por manter a qualidade do ensino de Novo Hamburgo cobrando os sonegadores de impostos? Por que não exige do governo do seu Presidente que acabe com a Lei Kandir, que prejudica nosso estado nas exportações? Por que não organiza uma caravana a Brasília para exigir recursos do pré-sal para educação e saúde? Por que não se insurge contra a corrupção que desvia bilhões dos cofres públicos? Não, mais uma vez quem paga a conta são nossos filhos e alunos.
É Tarcisio, a campanha que fizemos para Yeda, serve muito bem para ti. Caiu a máscara do descaso com a educação pública. A população de Novo Hamburgo tem que reagir e defender sua educação de qualidade.
NEIVA LAZZAROTTO
Direção do CPERS/Sindicato
Vice-presidente do PSOL RS
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