01/09/2009

A TERRA DE ÉLTON












No Rio Grande tem terra
Um pó de argila e quartzo, de tão bela cor
A terra daqui é lânguida, curvilínea
Sem vergonha, desnuda-se nas campinas
Cobre-se do verde na beirada dos picos
Sua gente ligeira dela faz o vinho
Debulha o milho
Irriga a várzea
Mas não há silêncio no seu campo
Terra sísmica
Rufam as armas
O que há contigo, pátria gaúcha?
Há tanto horizonte ...
O Sol acabou de esconder
O túmulo de Élton
Agora é só noite
Amanhã as poucas lágrimas terão entranhado
É somente um, não fará falta
Nas tendas pretas
A madrugada é amena
Ao menos no calendário
O inverno finda.


Por RENATE ELISABETH SCHMIDT DE AGUIAR

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