03/09/2009

Uma breve crônica sobre a queda da Secretária e dos secretários

Mariza Abreu, caiu! Por mais que digam que era demissionária - ela própria confessou a uma colega que sairia porque o governo já era indefensável - o certo é que a secretária truculenta, desrespeitosa, que desdenhava professores e funcionários, que pressionava diretores de escola, C A I U !

Mariza teve que sair porque não conseguiu ver aprovados os projetos de desmonte dos nossos planos de carreira. E não conseguiu derrotar o CPERS, apesar da cassação da liberação dos diretores de núcleo e nem a categoria, apesar do corte do ponto, das faltas, das intimidações e da violência que seu governo usou contra nós.

E, não é verdade que não comemoramos sua saída. Hoje, em todas as escolas com as quais tivemos contato houve comemoração pelo fim da desastrosa “gestão Mariza Abreu”. Ironia do seu destino: a Secretária que tanto propagou a gestão eficiente e tanto propagandeou a necessidade de se adotar a remuneração por produtividade, que disse que os alunos deveriam ser preparados para a disputa da vida fora da escola, foi reprovada por improdutividade e... caiu.

Evidentemente que todos também sabemos que o seu sucessor tentará levar adiante os projetos da pasta. Porque são do governo Yeda. E, embora o novo secretário chegue mais fraco, não vacilaremos um minuto sequer na defesa dos nossos planos de carreira. Disto ele pode ficar certo.

Mas... não foi apenas a secretária quem caiu. Houve mais um dominó no Piratini, em que várias peças importantes caíram. Uma queda de três secretários, onde dois saem do governo e outro, dos principais, o da Casa Civil, vai para a geladeira (uma pasta de menor visibilidade), é uma crise, ou não é? Embora a governadora e setores da imprensa tentem esconder o fato, o fato é que o fato é fato! Certo? A queda de três importantes secretários ( importantes para o governo, não para nós servidores da população;também tenho dúvidas de que tivessem relevância para o povo gaúcho) não pode ser reduzida à versão de uma tática de fortalecimento da candidatura Yeda para 2010.

Não tentem dizer que tudo aconteceu dentro da normalidade. Não cola!
E, em segundo lugar, porque Yeda continua no governo, mas seu governo acabou, politicamente falando. Ninguém consegue avisá-la? A não ser pela nova aprovação de incentivos para a GM. De nossa parte, seguiremos “caminhando e cantando” a boa caminhada da luta e a boa música dos gaúchos que também cantam “Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo”. E confiando que a verdade prevaleça. Que a vida dos milhões de gaúchos está acima dos interesses de grupos de plantão no Piratini, ainda mais, quando estes grupos saqueiam seus cofres.

Neiva Lazzarotto - 2º Vice-presidente do CPERS Sindicato

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