08/10/2009
Para a população, Yeda é culpada pela corrupção instalada no RS
Chamada a responder se a governadora Yeda Crusius (PSDB) é culpada ou inocente das acusações de corrupção apresentadas pela Justiça Federal, a população deu o seu veredicto: ela é considerada culpada por 94% das pessoas que participaram do Julgamento Popular organizado pelo Comitê Fora Yeda.
Ao todo, 92.520 pessoas participaram do processo realizado entre os dias 29 de setembro e 7 de outubro. A opção culpada teve 86.948 votos (94%), contra 4.626 votos da opção inocente (5%). O número de votos brancos ou nulos foi de 946 (1%).
O resultado final do julgamento foi divulgado na tarde desta quinta-feira 8, na Assembleia Legislativa do Estado, local onde, às 18h desta quinta, deve ser votado na comissão que analise o pedido de impeachment da governadora o relatório elaborado pela deputada Zilá Breitenbach (PSDB).
O pedido de impeachment de Yeda foi feito pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais no dia 8 de julho. A solicitação de afastamento da governadora foi aceita pelo presidenrte do Legislativo no dia 10 de setembro e a leitura da denúncia ocorreu cinco dias depois.
O governo Yeda tem sido alvo de acusações desde a Operação Rodin, coordenada pela Polícia Federal, que apurou um esquema fraudulento em contratos de prestação de serviços feitos pela Fatec – Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência e da Fundae – Fundação para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura para o Detran.
Com o julgamento, o Comitê Fora Yeda demonstrou que o povo gaúcho não compactua com aqueles que não querem ver esclarecidos os fatos.
Essa vontade também foi manifestada em pesquisa realizada pelo Ibope encomendada pelo Grupo RBS. O levantamento mostra que a maioria dos gaúchos (62%) aprovam o impeachment de Yeda, contra apenas 22% que se dizem contrários.
O governo estadual é reprovado por 64% dos gaúchos e o desempenho pessoal de Yeda é ainda pior: 74%. O desempenho dela é desaprovado por 79% dos porto-alegrenses e por 81% dos moradores da Grande Porto Alegre. No interior, a reprovação é de 70%.
João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Foto: Roberto Vinícius
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