31/05/2010

Para provar que educação de qualidade não precisa de meritocracia

Até a Zero hora nos dá argumentos...

MERITOCRACIA EM DEBATE
O modelo finlandês

A visão

Os mais capazes devem se tornar professores.

A política

O investimento público é pesado no país com melhor qualidade de ensino: 15% do orçamento nacional são geridos pelo Ministério da Educação. O ensino público é de alto padrão, gratuito, até o nível superior, e se concede às escolas e aos professores um grau elevado de autonomia. Com grande frequência, há nas salas de aula um segundo professor, que pode dar uma atenção mais personalizada às crianças com dificuldade.

O que faz para ter bons professores

O foco está na formação e no recrutamento. É preciso ter, no mínimo, mestrado para lecionar. E tudo é feito para que as pessoas mais capazes – aquelas que se destacavam na escola – optem pelo magistério. Os professores têm um prestígio elevado, os salários são altos, as férias são longas e a carga de trabalho é pequena. As promoções são por tempo de serviço e, depois de contratados, os professores não são avaliados.

O detalhe

As crianças entram na escola só aos sete anos, e as turmas são pequenas, de no máximo 24 alunos.

“Não há avaliação”
Sirkku Kupiainen, professora da Universidade de Helsinque


ZH – O salário é atrativo, comparado com o de outras profissões?

Kupiainen – O salário inicial, com a qualificação mínima, é de 2.350 euros (R$ 5.450), com 10 semanas de férias no verão. Na área de exatas, a tendência é pagar mais. Para um doutor, o salário inicial é acima de 3 mil euros (R$ 6.960), mas a formação dele é mais árdua e demorada. A carga horária semanal é de 24 horas.

ZH – Como se decidem os aumentos?

Kupiainen – Os professores são funcionários municipais cobertos por acordos entre as prefeituras e os sindicatos. Não existe um sistema de avaliação que sirva para atrelar os salários aos resultados dos professores. As autoridades sequer sabem quais têm melhor desempenho.

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